Siga
tranquilamente entre a inquietude e a pressa,
lembrando-se
de que há sempre paz no silêncio.
Tanto quanto
possível sem humilhar-se, mantenha-se
em harmonia
com todos que o cercam.
Fale a sua
verdade, clara e mansamente.
Escute a
verdade dos outros, pois eles
também têm a
sua própria história.
Evite as
pessoas agitadas e agressivas:
elas afligem
o nosso espírito.
Não se
compare aos demais, olhando as pessoas
como superiores
ou inferiores a você: isso o
tornaria
superficial e amargo.
Viva
intensamente os seus ideais e o
que você já
conseguiu realizar.
Mantenha o
interesse no seu trabalho, por mais
humilde que
seja, ele é um verdadeiro tesouro
na continua
mudança dos tempos.
Seja
prudente em tudo o que fizer, porque o
mundo está
cheio de armadilhas.
Mas não
fique cego para o bem que sempre existe.
Em toda
parte, a vida está cheia de heroísmo.
Seja você
mesmo.
Sobretudo,
não simule afeição e não transforme o
amor numa
brincadeira, pois, no meio de tanta
aridez, ele
é perene como a relva.
Aceite, com
carinho, o conselho dos mais velhos
e seja
compreensivo com os impulsos
inovadores
da juventude.
Cultive a
força do espírito e você estará preparado
para
enfrentar as surpresas da sorte adversa.
Não se
desespere com perigos imaginários: muitos
temores têm
sua origem no cansaço e na solidão.
Ao lado de
uma sadia disciplina conserve,
para consigo
mesmo, uma imensa bondade.
Você é filho
do universo, irmão das estrelas e árvores,
você merece
estar aqui e, mesmo se você não pode perceber,
a terra e o
universo vão cumprindo o seu destino.
Procure,
pois, estar em paz com Deus,
seja qual
for o nome que você lhe der.
No meio do
seu trabalho e nas aspirações, na
fatigante
jornada pela vida, conserve, no mais
profundo do
seu ser, a harmonia e a paz.
Acima de
toda mesquinhez, falsidade e
desengano, o
mundo ainda é bonito.
Caminhe com
cuidado, faça tudo para ser feliz
e partilhe
com os outros a sua felicidade".
Desiderata -
Do Latim Desideratu: Aquilo que se deseja.
Texto foi
encontrado na velha Igreja de Saint Paul,
Baltimore,
traduzida por Jehud Bortolozzi -
datada de
1.684 (1692), citado no livro
"Mensagens
do Sanctum Celestial",
do Fr.
Raymond Bernard.
O texto é de
Max Ehrmannn e
foi
registrado pela primeira vez em 1927.
Hoje em dia pertence à ©
Robert L. Bell.